MOISÉS MIRANDA

LANÇAMENTOS COELHO DA FONSECA

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Opinião do Roberto Coelho da Fonseca, Diretor da Imobiliária Coelho da Fonseca


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Comprar imóveis sempre foi considerado uma das formas mais seguras de investir. Entretanto, nos últimos anos, os investidores parecem migrar para a renda variável. Mesmo assim, segundo Roberto Coelho da Fonseca, diretor de novos negócios da imobiliária Coelho da Fonseca, o mercado de imóveis segue em expansão. Segundo ele, o faturamento da imobiliária avançou 50% de 2009 para 2008. Para este ano, a expectativa de crescimento é de 90%.
Entrevista concedida à repórter Carina Salviano Urbanin.    

IN: A compra e a venda de imóveis sempre me pareceu um bom negócio, no entanto, nos últimos anos, há maior interesse pelo investimento em ações. Mesmo assim, o mercado imobiliário ainda está em alta?

Roberto Coelho da Fonseca: Com Certeza. Estamos vivendo um momento que no Brasil há estabilidade econômica, a gente tem crédito e um crescimento previsto para o País que leva o mercado imobiliário a ter um momento muito positivo. Então hoje, as pessoas têm se voltado para o investimento no mercado imobiliário tanto novos investidores, que é o poupador, aquele que quer investir e lá na frente revender com lucro, quanto o antigo investidor, que compra pensando na renda. A estabilidade econômica e da moeda faz com que os imóveis hoje tenham liquidez muito maior, portanto, valorização e demanda muito grande.

IN: Qual o tipo de imóvel que tem tido maior demanda? Houve alguma mudança no público alvo de vocês?

Roberto Coelho da Fonseca: Foi criado um novo investidor imobiliário que é muito semelhante ao HomeBroker da bolsa. Antes tínhamos apenas o investidor tradicional, o grande investidor, que diversificava seu capital investindo e comprando imóveis maiores para locação, lages corporativas e hoje a gente enxerga um novo investidor, um investidor jovem que surge com a facilidade do crédito. Hoje, podendo pagar apenas 20% do preço do imóvel de entrada, ou pagando 20% ou 25% até pegar a chave, o comprador vai poupando e vai conseguindo colocar pouco dinheiro e depois, com o próprio aluguel do imóvel, ele vai conseguir pagar a prestação do imóvel em um financiamento que vai conseguir lá na frente. O mercado está querendo imóveis cada vez mais compactos, até porque nos grandes centros está cada vez mais difícil de conseguir áreas. Assim, você consegue ofertar este imóvel a um número maior de pessoas, porque o valor também é menor. E com essas possibilidades de financiamentos, é possível que o pequeno poupador transforme-se também em um investidor.

IN: Qual a participação dos financiamentos nas vendas da imobiliária?

Roberto Coelho da Fonseca: Os financiamentos têm crescido bastante. A gente tem vendido financiamentos para a venda de qualquer tipo de imóvel, até para os de alto padrão. O comprador têm visto que é bom financiar, porque aí você mantém dinheiro em caixa e se programa, trabalha o dinheiro, pegando uma parte para financiar. As taxas de hoje são atrativas e sai barato usar um financiamento.

IN: Muitas vezes o consumidor fica na dúvida na hora de comprar um imóvel financiado, com medo de que ele possa pagar muito mais no valor final. Financiar é de fato um bom negócio?

Roberto Coelho da Fonseca: Nós mostramos ao consumidor que essa forma de comprar é realmente segura, os juros pagos, muitas vezes a gente consegue taxas de um dígito, então são taxas atrativas para qualquer tipo de público. E esse novo público que está entrando no mercado não tem traumas de financiamentos passados, de quando a economia era instável. Hoje ele fica confortável em assumir um financiamento e a hora que ele quiser ele quita o negócio. Então hoje é vantajoso financiar e a gente faz questão de mostrar estas vantagens ao comprador.

IN: O que é melhor, comprar imóvel em um bairro consolidado, ou ainda em formação?

Roberto Coelho da Fonseca: Se o investidor está procurando especular, comprar um lançamento e logo após revender, até mesmo antes do término da obra, locais ainda em desenvolvimento podem ter valorizações melhores. Se o investidor estiver pensando em renda, lá na frente, é melhor ele focar em bairros já consolidados. Ele vai pagar mais pelo imóvel, mas a certeza de que este bairro tem procura para locação vale a pena.

IN: Qual o risco de investir em imóveis?

Roberto Coelho da Fonseca: Investimento em imóveis sempre foi dos mais seguros, mas antigamente não tinha tanta liquidez. Hoje, com a facilidade do crédito e o financiamento, a liquidez do imóvel aumentou muito. Por isso, eu diria que hoje, claro que há riscos como no caso da economia dar uma estagnada, mas o preço do imóvel no Brasil sempre foi muito baixo se comparado aos preços em todos os outros países, porque o preço do financiamento sempre foi muito caro. Hoje se consegue dinheiro barato, então o imóvel começa a ficar mais caro, então a gente começa a chegar num ponto de equilíbrio em que o dinheiro vai ficando mais barato, para conseguir crédito e, consequentemente, o imóvel vai subindo. Precisa só olhar se nos bairros a valorização já não chegou num ponto limite, o que é muito difícil acontecer. Então há o risco de não conseguir uma liquidez imediata e de repente ficar com um imóvel vago por um momento. Mas esse risco é muito pequeno.

IN: Na comparação com 2009 e 2008, período pré-crise, como está o desempenho da imobiliária?

Roberto Coelho da Fonseca: No período de 2008 para 2009 nós sofremos com a crise, os construtores deram uma recuada então a gente vendeu muito estoque. Apesar do Brasil não ter mergulhado numa crise, como aconteceu com outros países, a gente sofreu um pouco, mas o mercado cresceu. O faturamento da empresa cresceu perto de 50% de 2008 para 2009. Esse ano, com a crise bem mais amena, o mercado voltando, nós temos expectativa de crescimento de 90% em relação a 2009. E nos próximos cinco anos, pelo menos, o mercado deverá continuar com esse mercado crescente.

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